30.6.22

Review: "[Flip That]", de LOONA


     Amiras, eu já inicio essa resenha pedindo mil perdões. Ela nasce não só porque tenho vontade de falar sobre o LOONA com qualquer pessoa além do Gabu e dos poucos amigos orbits que tenho, mas porque cheguei da faculdade na noite de quarta-feira ansiando por escrever. Pensei: OK, estou pouco mais de uma semana atrasada para falar de [Flip That], o mini-album especial de verão do LOONA, mas também não fiz resenha do single japonês das meninas, e a Trixie Mattel acabou de lançar álbum, do qual também quero falar. Pois muito que bem: percebi, um pouco tarde, que não fiz uma menção sequer ao [&], mini-álbum lançado pelo LOONA no ano passado. Também não falei sobre o EP de Adore Delano, Dirty Laundry, que, assim como o mini do LOONA, está prestes a completar seu primeiro aniversário. Minha última aparição aqui tentando dar uma de crítica musical foi com [12:00], do LOONA, em outubro de 2020, época da minha vida que eu ainda estava de luto por uma das minhas avós. Bem, eu pretendo resenhar (ou comentar) cada uma dessas gravações em separado, hoje começaremos com [Flip That], mas não vou marcar datas porque minha vida universitária anda bem corrida e eu não entendo nada de Morfologia e Sintaxe, cuja prova é em duas semanas.

    Para contexto antes de analisar o álbum, vou atropelar algumas informações que viriam na resenha de [&]. O mini de 2021 marcou a volta da líder do LOONA, Haseul, que passou mais de um ano afastada para cuidar de sua saúde mental. Após uma era produtiva e premiada (as meninas conquistaram seu segundo win em music shows coreanos com PTT, o primeiro havia sido com So What, a primeira title do grupo sem Haseul), a crescente continuou com o debut japonês Hula Hoop/Starseed e foi coroada (pun intended) com a participação das meninas no Queendom 2, reality show de competição de atos femininos da emissora coreana MNET. Lá, as meninas interagiram com outros grandes nomes da indústria: Hyolyn (ex-SISTAR), VIVIZ (ex-G-Friend), Kep1er, Brave Girls e WJSN (artistas também conhecidas como Cosmic Girls), isso sem contar com a apresentadora Taeyeon, que faz (ou fazia? porque elas tão fazendo comeback em breve) do grupo Girls' Generation. Rodada após rodada, passando por perrengues como a infecção generalizada de COVID-19 na primeira rodada (só a Hyunjin saiu ilesa) e os constantes downvotes das WJSN, os Orbits conseguiram: LOONA acabou a competição no 2º lugar geral, perdendo apenas para as WJSN. Mesmo sem o comeback premium destinado às vencedoras do programa, fomos agraciados quando a BBC resolveu postar teasers das meninas com flores. Nasce assim a era do primeiro mini de verão do LOONA: [Flip That].

    O mini-álbum contou com poucas faixas se comparado aos seus antecessores, apenas seis, incluindo a intro The Journey e a faixa apresentada na final do Queendom, POSE. Começo falando da vibe diferenciada, mas que ainda tem aquele toque do LOONA, algo que liga esse especial a todas as outras obras delas. Fico feliz de ver as meninas em um conceito fofo pela primeira vez em anos, já que em seus comebacks coreanos vínhamos vendo muito girl crush e, de acordo com alguns fãs, uma coisa meio boygroup ou NCTização do LOONA. É algo refrescante e que coloca, de certa forma, um holofote em alguns membros que costumavam ser apagados nos lançamentos anteriores (ainda não perdoei a Vivi e a GoWon com pontos no lugar  de linhas, entre elas os famosos "aham", "hey" e "yeah", nas eras So What e PTT) e reforça o status de grupo versátil que pode engolir qualquer conceito que seja proposto.


    Começamos então com nossa intro, The Journey. Quebrando os padrões anteriormente estabelecidos pelos álbuns de grupo, cuja intro leva o mesmo nome do mini, tem uma melodia muito similar à música-título, mas incorporando outros elementos que veremos mais para a frente. Gosto dela.

        Flip That, a title de verdade, é bem gostosinha de ouvir, mas completamente diferente do que o LOONA tem feito ultimamente em seus comebacks coreanos. A coreografia é divertida, o clipe te dá vontade de passar uma tarde animada com as amigas em um piquenique ou outras atividades de verão, além de carregar sutis referências à lore do grupo. No fim do MV, no entanto, é dito que tudo FLIPOU, e que agora as meninas estão em sua jornada rumo à liberdade. Gostei muito por trazer algo diferente e que mesmo as pessoas mais críticas sabem que pode ser replicado por outros grupos (como aconteceu no Queendom, já que alguns membros do WJSN criticavam as apresentações do LOONA e justificavam seus downvotes, mas na semana seguinte estavam usando um conceito similar). Ponto pra nova era.

        A segunda canção com letras do álbum é Need U, que já foi eleita uma favorita de muitos fãs. Não sei por que, mas ouví-la me passa sensações de melancolia e esperança, ao mesmo tempo. Mas acho que as vozes das meninas ficaram incríveis nessa música, ainda não parei pra ver como ficou a distribuição de linhas, mas é visível que as vozes de Yves, Heejin, Kim Lip e Chuu ainda se destacam, porém consigo perceber Hyunjin, Vivi e GoWon soltando algumas frases. Gosto muito da música, apesar de não ser exatamente minha favorita do álbum.

        Sabe quando você está mandando uma sequência de emojis repetidos e acaba saindo um nada a ver com nada (nem com a mensagem que você quer passar)? Pra mim, é assim que POSE se destaca no álbum, ou pelo menos colocada na posição que foi posta. A canção marcou a final do Queendom, onde o LOONA se sagrou vice-campeão. É uma música boa, que eu particularmente gostei bastante, mas não sei se vai com a vibe do álbum. Eu gostaria muito que POSE ganhasse um MV, mas acredito que poderia ter sido engavetada para o próximo comeback das meninas e substituída por uma versão coreana de Hula Hoop ou Starseed. É a 365 da geração. AH, ESPERA. Se [#] fosse um álbum mais próximo de [Flip That] na cronologia, seria super justificável a troca de POSE por 365. Independente da troca, acredito que essa canção se encaixaria bem ao fim do mini, no lugar de Playback (da qual falaremos já já).

         Com licença, minha favorita do álbum está passando. Pale Blue Dot traz animação, vontade de dançar... Não quero saber de depressão nem de coisas pra baixo! Acho a mensagem da música (mesmo antes de ler a tradução) bem inspiradora e chill, algo que eu sinto que o LOONA tenta trazer em cada canção em vez de ficar preso naquela de "eu estou muito apaixonada!" ou "o amor não existe!" que vejo presente em muitas obras de outras artistas. Fique claro que não critico pessoas que fazem canções de amor (correspondido ou não), até porque as amo. Só fico feliz que não seja o ÚNICO TEMA que rege as composições de/para LOONA.

        O mini chega ao fim com a doce baladinha Playback, que também é super gostosinha de se ouvir. Me dá vontade de vestir um vestido de baile e dançar a valsa de 15 anos (mesmo na portinha de fazer 26) no gramado de um lindo jardim, à luz das estrelas e de lanternas/pisca-pisca. Eu só gostaria de dar uma olhada mais de perto na tradução e na distribuição de linhas, porque quase não ouço as vozes do nosso bottom 4 GoWon, Vivi, Hyunjin e Haseul (embora a Haseul constantemente troque de lugar com a Yeojin). Independente das injustiças feitas e da minha possível interpretação errada da canção, é uma que gosto muito e que espero que o Spotify coloque com frequência na minha On Repeat.

        Minha nota para [Flip That] é 4.5 de 5. O meio ponto foi tirado porque POSE, além de não ter uma sonoridade que case com o conceito do mini, está na posição errada. Eu colocaria linda Playback como quarta faixa. Fora isso, perfeito. Parabéns LOONA por mais uma vez surpreender.

        Espero que tenham curtido essa resenha de uma fã doente e que, sem dúvida, não entende nada de música, mas vai ficar jogando os termos "sonoridade" e "vibe" pra parecer intelectual. Não esqueçam de checar o clipe da faixa-título (que inclusive rendeu mais 2 wins às meninas) e meu react a ele! Vejo vocês em breve com as reviews (atrasadas) de [&], Hula Hoop/Starseed, Dirty Laundry e The Blonde & Pink Albums.

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