Oi oi, amiras! Sejam todes muito bem vindes a mais um post aqui no blog! Hoje, como vocês bem sabem, é dia de Recap de TNT Drag e vamos encerrar a primeira fase dessa competição que está sendo um estouro! (pun intended)
Já lembro a vocês, antes de falarmos desse último desafio, que os episódios saem todas as terças no canal Peruas Inc., a partir das 20h. Quem ainda não é inscrito, se inscreva e divulgue muuuuuuuito! E também não esqueçam de assistir os conteúdos extras, como os vídeos tutoriais das participantes.
Quem aí nunca foi cancelado, não é mesmo? No episódio dessa semana, as 11 participantes aparecem todas juntas pela última vez e tem que lidar com seus próprios cancelamentos. Inspirada pelo programa O Grande Debate, Desirée Beck desafiou cada uma a promover um debate polêmico, apresentando os motivos para o cancelamento (ou a renovação) de si mesmas, com dois personagens em lados opostos da discussão.
Os jurados, segundo o briefing apresentado do desafio, julgariam os vídeos levando em conta a caracterização dos personagens criados pelas queens, as referências utilizadas, o motivo do cancelamento, a crítica social feita no vídeo, humor e piadas e, claro, os "currículos" dos envolvidos no debate.
A primeira a se apresentar essa semana foi Tereza Skyper, que foi cancelada por ser baixinha. O debate sobre seu destino (será cancelada ou não?) seria entre um grande fã, Fabinho Vaisefüder e a treinadora de pequenas misses Miss Éria. O vídeo foi muito engraçado, focando no embate desses dois personagens: enquanto o fã tentava argumentar com sensatez dizendo que Tereza não deve ser menosprezada por sua altura, Miss Éria insiste que ser "desprovido de verticalidade" é um problema. Mesmo que eu tenha achado a razão do cancelamento meio aleatória de início, ainda me diverti bastante, principalmente quando o título "Dentes Nervosos" de Fabinho entra em prática e ele morde sua oponente. Eu adorei.
Malayka SN é a próxima a entrar em pauta nos debates da noite. O motivo de seu cancelamento? Ser uma drag queen fora dos padrões. Ao seu favor, estava Vera Schok, uma ativista e pesquisadora. Contra ela, a socialite Mad N. White. Enquanto Vera enaltece as referências usadas por Malayka em sua montação e parece uma grande apreciadora da arte drag, Mad tenta forçar o padrão de branca, loira e feminina, quase como os fãs de Drag Race fazem diariamente nos grupos do facebook. O vídeo também estava muito engraçado, e ainda teve o fato de que a mediadora do debate era um alien, a Marcy'Anna. Eu adoro a criatividade da Malayka, gente!
A terceira cancelada da semana foi Klox, chamada para uma entrevista no programa Se Debatendo, com Gabi Expert. A entrevista, na verdade, era uma oportunidade da apresentadora confrontar a queen sobre o uso de casacos de pele e a fraude de cotas supostamente usada para entrar na universidade. Eu dei uma GAITADA quando as fotos foram apresentadas e também com as desculpas esfarrapadas que Klox dava a cada confronto. Apesar disso, acredito que tenha sido mais uma entrevista do que um debate sm si, porém ainda gostei muito do vídeo e da crítica feita. E o final? Queria saber se foi intencional o travamento, porque quando assisti pela primeira vez fiquei bem assustada achando que meu computador resolveu, finalmente, ir para as cucuias.
A próxima é Eva Sattiva, que além de ser a cancelada da vez, também fez o papel de mediadora. O motivo do cancelamento, assim como no caso da Malayka e da Tereza, não foi algo que Eva teria feito, mas sim aquela grande questão que sempre rola nas internets: mulher pode ou não fazer drag? Se não pode, Eva tem que ser cancelada. Para debater, foram chamadas uma "maricona renomada" e uma "poc desconstruidona clubber", que apesar de terem opiniões diferentes - um é contra mulheres drag queens e o outro diz que "até é a favor, mas..." -, no fundo ambos se comportam de forma machista querendo ditar o que as mulheres podem ou não fazer. A dublagem da Eva é simplesmente impecável e as expressões dela enquanto as gays debatiam seu destino me representaram 300% toda vez que a pauta "mulheres in drag" surgem nos grupos que eu faço parte. Os argumentos são sempre os mesmos e nunca deixam as garotas falarem. Eu amei demais.
Chloe Stardust também foi a um programa se defender das acusações de cancelamento. O que levou ela a essa posição foi o fato de ter performado, no passado, a música de uma artista cancelada. Contra Chloe estava uma "PH-Drag em 12 temporadas de RuPaul's Drag Race" (inclusive amei o termo e vou adicionar ao meu vocabulário pra falar dos sommerlier de drag do facebook) que além disso atacou a queen por não usar unha, não se depilar... basicamente, cobrando um padrão Drag Race da Chloe. A crítica foi incrível e o vídeo em si também ficou ótimo, pra mim ficou sim entre as melhores da noite. E chamar a lacradora de "@legrin", fazendo referência ao Alecrim Dourado que se acha numa posição superior para julgar os outros? Genial.
Agora é a vez de DaCota Monteiro, que supostamente ameaçou colocar fogo em um panda. De um lado, uma influencer viciada em fazer exposed e derrubar conta alheia, Bethany Pálido. Do outro, Francisca Alves, uma cientista social aposentada. Primeiramente, gente, a "conta anônima" que vazou o áudio de DaCota. Vou deixar isso pra vocês aí. "Anônima", com o nome muito similar ao de Bethany. Ávida por cancelar a queen, a lacradora do twitter continuava trazendo a tona provas que não provavam nada, sendo rapidamente refutada por Francisca, enquanto a mediadora continuava botando lenha na fogueira e favorecendo a influencer. O plot twist no final, com a inocência de DaCota sendo provada e o cancelamento de Francisca, traz a mesma crítica do Alecrim Dourado de Chloe: os canceladores da internet não estão verdadeiramente preocupados com preconceitos e injustiças, mas sim em passar essa imagem de imaculados e superiores.
Chega a hora de Kitty Kawakubo ser posta frente a frente com uma acusadora, Sandrinha Neves, que questiona seu título de anjo por conta das roupas que a queen usa e também seus comportamentos. Tenho que admitir que acho que ri mais do que deveria de "catraca de dark room, toalha de sauna gay", que foi a forma encontrada por Sandrinha, em toda sua hipocrisia, para descer o nível de um debate que até então estava sendo civilizado. Não sei por que exatemente, mas senti que o vídeo foi curto em comparação ao das outras, quase como se fosse um teaser para um vídeo completo. Quero mais, dona Kitty!
Di Vina Kaskaria também teve seu destino posto à prova pelo tribunal da internet. A seu favor estava uma grande fã, Ariana do sobrenome complicado (desculpa, Di Vina, eu não falo russo!), que tinha que defender sua fave das acusações de Di Vurska, uma lenda clubber e empresária. Enquanto Ariana tenta mostrar as contribuições de Di Vina para a arte, Di Vurska tenta convencer a todos que a queen só existe para "usurpar dinheiro da cena clubber" a acusando de não participar dos afters e preferir ficar em casa fazendo crochê. Gostei que o conceito do vídeo era parecer um programa que cada participante gravaria de sua casa - inclusive o apresentador, tendo como um ápice a Ariana travando. Mas depois disso... Acabou. Assim como no vídeo da Kitty, fiquei esperando mais coisa.
Logo chega a vez de Flaminga, que foi cancelada por compartilhar uma foto de sua refeição, que incluía passas. Adorei que ela pegou essa grande polêmica e colocou duas pessoas entendidas de cozinha pra falar sobre ele: uma chef profissional, Lubyanka Baltar, e a proprietária de um grande restaurante local de Quixabemirim, Bella Grill. Adorei as personagens com opiniões tão conflitantes. Lubyanka estava sempre inserindo palavras ou frases inteiras em inglês nas suas falas, enquanto Bella contava sobre a rejeição às passas na culinária de Quixabemirim. Por mais que eu tenha adorado o vídeo, acredito que o foco saiu de Flaminga e ficou nas passas por muito tempo, o que pode ter deixado confuso para algumas pessoas. Lembrando, mais uma vez, que isso não significa que o trabalho foi ruim.
Nola Criola é chamada para debater racismo reverso com Lolla White. O apresentador/mediador do debate roubava a cena com suas caras e bocas enquanto Nola e Lolla discutiam o tema, carregadas de deboche e alfinetadas. Lolla é a típica menina branca que se sente intimidada por ter suas atitudes racistas apontadas por Nola, o que gera respostas incríveis da mesma - tenho que dizer que "tanto faz é a beirada de minha tabaca" foi o reset cultural que eu precisava. O que eu achei um ponto interessante foi que em todos os outros vídeos, a queen já tinha sido cancelada antes do debate, enquanto Nola foi cancelada DURANTE o debate apenas por se defender. E amei o final com ela indo tacar fogo na racista e tendo sua conexão cortada, encerrando o vídeo. Perfeita. Assisti igual ao mediador, comendo pipoquinha.
A última a passar pelo pentinho do cancelamento foi Raykka Rica, que foi cancelada por perguntar "Quem quer dinheiro?" e não distribuir sua renda com ninguém. Xxxuliana Sampaio, uma microempreendedora e representante de uma Central de Reclamadores, estava lá para falar das falsas promessas de Raykka e de seu sonho de comprar coisas caras e fazer viagens ao exterior. Defendendo a queen, estava a presidente da Associação das Drags Milionárias, Sophie Charlotte, que defende que a única riqueza que Raykka é obrigada a dividir é a alegria. Achei o vídeo super divertido, porém queria maisssssss!
Hora das críticas dos jurados. Essa semana, a convidada foi a professorinha Melissa L'Orange, que inclusive já fez um vídeo ótimo sobre a cultura do cancelamento, que você pode ver aqui. Junto com os jurados fixos Aimée Lumière, Felipe Politano, Duda Baroni e Spadina Banks, notas e dicas foram dadas a todas as 11 participantes antes de vermos quem foram as EXPLOSÕES e as EXPLODIDAS da semana. Ah, e pela primeira vez nós tivemos os destaques (tanto as explosões quanto as explodidas) exibidos, levando em conta a maioria dos "votos" dos jurados.
As melhores da semana foram DaCota e Malayka, novamente, enquanto as que não se destacaram tanto de acordo com os jurados foram Raykka, Klox e Flaminga. Além de DaCota e Malayka, Eva, Kitty e até Raykka receberam votos positivos, enquanto Di Vina foi citada entre as explodidas. Agora, Raykka se junta a Klox e Kitty no seleto hall das queens que foram citadas como top e bottom na mesma semana.
Semana que vem, seis das 11 participantes serão eliminadas, levando em base as notas dos jurados. Sendo sincera, eu me apeguei a cada uma delas e independente de quem passa para a semifinal e quem deixa a competição, eu já estou meio abalada. Todas fizeram um ótimo trabalho ao longo dessa primeira fase e estou muito ansiosa pra ver o que elas apresentarão daqui pra frente, dentro e fora do TNT.
Como já frisei nos recaps anteriores (e ao colocar os links das redes das participantes ao longo do post), o apoio aos artistas e ao projeto é muito importante, principalmente nessa época de quarentena. Sigam as queens, os jurados, a apresentadora e apoiem o projeto assistindo, divulgando e, se possível DOANDO para o TNT. Os métodos estão todos na descrição dos episódios e também nas redes sociais do concurso.
Vejo vocês semana que vem para comentarmos o início da segunda fase da competição! Pra quem vai sua torcida? Deixe nos comentários!
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