20.8.18

Review - "Em Chamas" (Jogos Vorazes #2), de Suzanne Collins


    [ATENÇÃO: Este post pode conter spoilers de "Em Chamas" e o livro anterior. Leia com cuidado.]

    Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações nos distritos dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado.

    A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.

***

    Oi oi, amiras! Estão todos bem? Hoje trago pra vocês a resenha do segundo livro da trilogia Jogos Vorazes, o aclamadíssimo Em Chamas. Perdeu a resenha do primeiro livro, Jogos Vorazes? Leia aqui!

    Na sequência de JV, vemos como a vida de Katniss está depois de bravamente vencer a 74ª edição dos Jogos: como ela está lidando com os horrores de ter visto gente morrer - alguns por sua própria mão - e, claro, com suas ações suspeitas. Pra quem não leu o primeiro livro ainda (ou não assistiu o filme), um spoiler: Katniss jogou um truque nos Idealizadores e no governo de Panem ao tentar um suicídio conjunto com Peeta, fazendo com que ambos fossem declarados vencedores. Para o resto do mundo - e mesmo para Peeta -, essa estratégia não passava de um ato de amor. Para Katniss, foi a forma que ela encontrou de não se submeter às regras injustas dos Jogos. Para a Capital - e o próprio Presidente Snow -, uma afronta direta ao governo.

    Tudo que Katniss quer é que sua vida volte ao normal, o que é bem difícil considerando essa situação toda. De repente ela está em uma casa nova, recebendo mais dinheiro do que consegue gastar, e sob uma constante ameaça de sofrer algum ataque direto de Snow contra ela e todos que ela mais ama. As tardes de caçada com Gale também são coisa do passado, já que ele agora trabalha e por isso eles tem menos tempo juntos. Peeta? Qualquer chance de uma amizade com o garoto foi para o ralo quando ela confessou a ele suas verdadeiras intenções.

    E vem a Turnê da Vitória, e com ela a chance de tudo piorar. Fale as palavras erradas, e todos sofrem. O Distrito 12 fica mais severo, as imagens dos últimos Jogos ainda não saem da memória do povo e para Snow fica cada vez mais difícil cair no conto de menina apaixonada que Katniss tenta sustentar. E tudo atinge seu ápice quando, mais tarde, o Massacre Quarternário - a edição especial dos Jogos Vorazes que acontece a cada 25 anos - requer que os vitoriosos voltem à arena, numa espécie de All Stars no qual apenas um sai vivo. E não vai ter truque com amoras que os salve dessa vez.

    Acho que, segundo a opinião da maior parte dos fãs que conheço, Em Chamas é o melhor livro da trilogia. É nele que as críticas ficam mais aparentes, e nós sentimos a agonia de Katniss ao se ver obrigada a magoar pessoas de quem ela não seria pega admitindo que aprendeu a gostar para proteger aqueles que, bem no fundo, ela sabe que ama. E os personagens introduzidos nessa sequência parecem partilhar do mesmo sentimento. Acho inclusive inspirador ter acesso a esse tipo de livro considerando os tempos nos quais estamos vivendo... Será que dá pra contar a leitura da trilogia como preparação pro caso de certas pessoas vencerem as eleições presidenciais desse ano? Rs. A nota dessa vez é 5/5. E recomendo assistirem o filme também, que é uma das adaptações literárias mais fieis que eu já tive o prazer de assistir.

FICHA TÉCNICA
Título: Em Chamas
Autora: Suzanne Collins
Ano de publicação (BRASIL): 2011
Editora: Rocco
Páginas: 413
Tradução: Alexandre D'Elia

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