6.4.18

Diário da Formanda - A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS


    Hoje é dia 6 de abril.

    E eu tô muito mal com tudo.

    Esse post originalmente se chamava Como eu concilio o blog e a faculdade e seria postado no domingo, mas por causa de problemas de família precisei trocar. Porque essa seção do blog é justamente meu desabafo sobre as coisas da faculdade - e da vida também, o que acaba me afetando nessa jornada.

    O que aconteceu foi o seguinte: desde janeiro, quando eu finalmente tive uma boa ideia para transformar em TCC, estou tentando entrar em contato com meu orientador. Ele. Não. Respondia. Nenhum. E-mail. NADA. Como eu vou saber se minha ideia foi boa o suficiente e começar a trabalhar nela se quem deveria me orientar não dá nem um oi?

    Fui deixando - não totalmente, porque né, EU QUERO ME FORMAR, até que levei uma chamada da coordenadora, que disse que geralmente esse professor só orienta quem já foi bolsista dele. Ela disse pra eu procurar outra pessoa, que foi o que eu fiz. Mas a professora não me responde mais desde que eu avisei que o e-mail dela tinha chegado claramente BEEEM depois que ela enviou, ou seja, não tinha como eu voltar no tempo pra comparecer a um encontro. Claro, não com essas palavras, eu não sou estúpida. Mas por um momento eu cheguei a pensar que ficaria sem orientador.
    O que acontece é que estamos com um problema em casa. Minha avó tem demência senil, parecido com Alzheimer, e apesar de bem cuidada e saudável, é completamente dependente de outros para fazer as tarefas mais simples, como comer e ir ao banheiro e se movimentar em geral. Uma das minhas tias, que mora com ela, se sentiu mal e foi ao médico. Pancreatite e cálculos na vesícula. Eu, minha mãe e meu padrasto na hora tivemos que mexer na nossa rotina para cuidar da minha avó pelo tempo que minha tia precisasse ficar internada. Minha outra tia, que mora em São Paulo, pediu licença do trabalho e veio ajudar. E como se toda essa situação já não fosse estressante por si só, meu padrasto também adoeceu. Viva.

    Com duas pessoas doentes em casa, é óbvio que minha prioridade mudou. O blog não vem em primeiro, o canal não vem em primeiro, minha monografia não vem em primeiro. Primeiro vem a minha avó, que não pode ficar sem assistência. Primeiro vem a minha tia e o meu padrasto, que precisam de apoio para se recuperar. Primeiro vem minha mãe e minha tia, que não podem lidar com a situação sozinhas. Mas isso não muda o meu sentimento de que eu não aguento tudo isso. Tenho meus compromissos acadêmicos, de trabalho (por mais que eu não receba por isso) e familiares. Já sabem a quantas semanas não visito meu irmão? Pois é, meninas, difícil.

    Pra que fazer um post contando como eu me viro em 100 pra conciliar um blog com um TCC se no momento eu tô entrando em colapso por ser forçada pelas circunstâncias a conciliar blog, família, TCC, saúde mental? Não sei. Não faz sentido pra mim.

    Não sei se o BEDA vai conseguir resistir a tudo isso, mas eu preciso provar pra mim mesma que sou forte. Minha mãe sempre reclama que eu não levo nada a sério e que preciso fazer as coisas por mim mesma... Bem, eu estou tentando. E eu sou perfeccionista, não vou desistir assim tão fácil.

    Que Deus me acuda.

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