[AVISO: este post pode conter spoilers. Leia com cuidado.]
Samantha Madison está em apuros. E tem dez bons motivos para isso:
10 - Sua irmã mais velha é a garota mais popular da escola
9 - A irmã caçula é um gênio
8 - Samantha está apaixonada pelo namorado da irmã mais velha
7 - Foi surpreendida vendendo retratos de celebridades na escola
6 - Depois foi obrigada a frequentar aulas de arte
5 - Salvou o presidente dos Estados Unidos de uma tentativa de assassinato
4 - Por isso, todos a consideram uma heroína
3 - Apesar de Samantha saber que está muito longe de ser uma heroína
2 - É indicada embaixadora teen da ONU
e o maior de todos os motivos para a sua vida estar perdida:
1 - O filho do presidente está apaixonado por ela.
***
Todo mundo já conhece a Meg Cabot pelo hinário "O Diário da Princesa" - que inclusive ainda não li, mas pretendo - e "A Mediadora" - também não li, falta grave -, mas acredito que são poucas pessoas que conhecem "A Garota Americana". O livro foi lançado em 2002 (aqui no Brasil em 2004) e conta a história da adolescente de 15 anos Samantha (Sam) Madison, uma jovem rebelde e artística.
Como a sinopse já sugere, ela tem os típicos problemas da adolescência: é a filha do meio e vive ofuscada pela irmã mais velha Lucy, líder de torcida e super popular, e a mais nova Rebecca, uma espécie de prodígio infantil que estuda em uma das melhores escolas de Washington. Engana-se quem acha que Sam não encontrou uma forma de se destacar: a jovem vive vestida de preto e é uma excelente desenhista... Fato que inclusive a meteu na maior enrascada de sua vida.
Foi tudo como uma bola de neve: ela passou a vender os desenhos que fazia de meninas com seus ídolos na escola, a irmã mais velha - a perfeitinha - descobriu e contou tudo para os pais. Como punição, Sam teria que passar a frequentar aulas de desenho, o que pra ela (e para Catherine, sua melhor amiga) parecia uma besteira, já que, se ela estava fazendo grana com isso, É ÓBVIO que já sabia desenhar. Mas enfim, ela vai às aulas. Conhece novas pessoas, entra em atrito com a professora Susan Boone, fica ainda mais apaixonada por Jack, o namorado de Lucy (afinal, só ele entende sua alma complexa e artística...) e, de saco cheio dessa situação, decide matar aula. Aí ela flagra um homem tentando atirar no presidente (calma, não é o Trump) e o salva. Pronto, a filha apagada de uma família de classe média americana se torna heroína nacional.
Sam não tem mais paz depois do ocorrido. Todos querem saber sobre "a garota ruiva que salvou o presidente" e ela definitivamente não é o tipo de pessoa que lida bem com toda essa atenção. E claro que tudo piora quando lhe é oferecido um cargo que ela nem sabe como funciona e quando David, seu colega de classe na aula de desenho E filho do homem cuja vida ela salvou (é, o próprio PRESIDENTE DOS EUA), se revela apaixonado por ela.
Acho a história bem escrita e que pode ser agradável para todo tipo de jovem - eu li pela primeira vez aos 14 anos, láaaa em 2011, mas ainda adoro. Os personagens são envolventes e divertidos e, pra ser sincera, NÃO DÁ PRA SE IDENTIFICAR MAIS COM A SAMANTHA. Cada página, cada palavra que ela diz é totalmente uma garota de 15 anos e, mesmo que nem todas as garotas de 15 anos sejam iguais, acredito que podem encontrar um ponto em comum com ela.
"A Garota Americana" foi meio o livro que me abriu as portas para esse universo literário juvenil. Quer dizer, eu sempre gostei de ler, mas chegou aquele momento que eu não queria mais histórias sobre princesas encantadas e cavalos mágicos (se bem que eu ainda leio umas coisas assim). Então veio esse livro da Meg, seguido pela série Pretty Little Liars (os livros!), trilogia Jogos Vorazes e tantos outros que, não importa o quanto eu tenha crescido, eu sempre me divirto lendo.
Minha nota? 4.5. Acho um ótimo livro pra quem quer pegar o gosto pela leitura. Não é o melhor que eu li na vida - e por comentários com colegas, também pode não ser o melhor da Meg -, mas é empolgante e divertido.
FICHA TÉCNICA
Título: A Garota Americana (All American Girl, no original)
Autora: Meg Cabot
Ano de Publicação (BRASIL): 2004
Editora: Galera Record
Páginas: 347
Tradução: Ana Ban
Fiquei curiosa pois gosto de livros empolgantes e queno final tenha aquela sensação boa de ter me divertido também bjss
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